A espera acabou e o filme de Rodrigo Aragão já está disponível para completar a coleção do fã do horror
O SUPER AGUARDADO (assim mesmo em letras garrafais) DVD de Mar Negro, filme da trilogia de Rodrigo Aragão (que também dirigiu os já cults Mangue Negro e A Noite do Chupacabras), já está disponível para venda para completar a coleção do fã do horror.
E o melhor, o DVD duplo vem recheado de extras, com áudio 2.0 e 5.1 e faixa de comentários no disco um, além de making of, as criaturas de mar negro, o dia a dia das gravações, galeria conceitual, fotos, trailers, oficina Fábulas Negras e Oso Tapia mandando o recado, no disco dois.
Ainda rola uma promoção do kit Mar Negro, com DVD e a miniatura do Baiacú Sereia! E todos os DVDs são autografados por Aragão.
Dá para comprar seu exemplar AQUI ou fazer o pedido pelo e-mail: vendas@fabulasnegras.com
2003 / Coréia do Sul / 113 min / Direção: Kim Sung-ho / Roteiro: Kim Sung-ho / Produção: Kim Eun-young / Elenco: Yu Ji-tae, Kim Myung-min, Kim Hye-na, Gi Ju-bong, Kim Myoeng-su, Lee Yeong-jin
Talvez você conheça a trama por traz do K-Horror, Espelho, por conta daquela INFAME versão americana batizada no Brasil de Espelhos do Medo, protagonizada por Kiefer “Jack Bauer” Sutherland e dirigida de forma totalmente infeliz pelo francês Alexandre Aja.
Saiba que o original na verdade é um filme coreano, que sofreu do mesmo mal da maioria dos longas asiáticos que foram refilmados para o público americano. Ainda assim, o próprio Espelho é um filme mediano, que traz uma história das bem malucas, sobre universos paralelos que existem dentro do espelho, que pode causar uma espécie de divisão psicológica em certas pessoas que encaram seu reflexo, e que uma pessoa pode ficar presa nessa dimensão caso morra em nossa realidade, e aproveita um pouco até da teoria do doppleganger e claro, referências a Alice Através do Espelho.
A trama é centrada em Woo (Yu Ji-tae), um ex-policial das Operações Especiais, exímio atirador e campeão de tiro da polícia, que sofreu um incidente durante um sequestro com refém, que resultou na morte de seu parceiro e o jogou em um espiral de desgraça. Sua única saída foi conseguir o emprego de chefe de segurança de uma loja de departamentos que está preparando sua reinauguração, só porque seu tio era o dono do paranauê todo.
Espelho, espelho meu…
Reinauguração porque o local está fechada há um ano, quando aconteceu um terrível incêndio (possivelmente criminoso) que destruiu a loja e provocou a morte de alguns funcionários. Por isso há toda uma expectativa com essa abertura por parte de todos os envolvidos, da mídia e do grupo de investidores. Tudo beleza até que de repente, alguns dos antigos funcionários que pertenciam ao escritório do departamento de registros aparecem mortos de forma misteriosa, sempre em frente a um espelho, poucos dias antes da reabertura. As pistas levam a uma teoria de suicídio.
Porém os detalhes são bem peculiares e passam a jogar contra essa hipótese, uma vez que no caso de uma garota destra que cortou seu próprio pescoço com um fatiador de pizza (juro!) o golpe foi dado com a mão esquerda, e no caso de um canhoto que também se matara, fora a mão contrário que realizou o ato. Uma equipe de investigação passa a tentar elucidar as mortes, e contando com a ajuda de Woo, eles descobrem que os assassinatos podem ter sido cometidos por Lee Ji-hyeon, irmã gêmea de Lee Jeong-hyeon, uma das antigas funcionárias do departamento que havia desaparecido e dada como morta no incêndio.
Seguindo uma linha de raciocínio detetivesca e com algumas cenas interessantes de suspense, só que muito mais ocidentalizado do que o cinema de terror asiático de costume, principalmente do vizinho Japão, sem aquela pegada assustadora e atmosférica, Espelho vai enveredando por teorias que vão de psicologia e passam por física quântica, até chegar ao seu plot twist final, que aí sim voltamos a bom e velha história de vingança fantasma, e uma pegada ao melhor estilo Edgar Allan Poe, parecido com o que já fora feito em outro K-Horror postado aqui anteriormente, Telefone.
Ainda há um espaço para um final pessimista, mas que seria até bem óbvio se você parar para realizar, e o resultado final de Espelho é inteligente e até pouco convencional, não compromete, mas também não é uma daquelas obras-primas do cinema de terror asiático. Ainda assim, prefira vê-lo do que o HORROR (e não é no bom sentido) que é o remake yankee.
Quando você olha dentro do espelho, o espelho olha dentro de você
Game baseado nos livros de Andrzek Sapkowski deve chegar aos cinemas em 2017
O (fodástico) jogo The Witcher, que por sua vez é baseado em uma série de livros de Andrzek Sapkowski, é o próximo na mira de Hollywood para ganhar sua adaptação cinematográfica, segundo o site Platige
Tomasz Bagiński, indicado ao Oscar pelo curta Katedra irá dirigir o longa, enquanto o roteiro será escrito por Thania St. John (Buffy – A Caça Vampiros, Grimm – Contos de Terror).
A produção será da The Sean Daniel Company e a previsão da estreia é em 2017.
Aguardemos as novidades e quem será o protagonista que viverá Geralt of Rivia!
Quatro garotas, uma cabana no meio da floresta e uma sessão em uma mesa ouija para invocar espíritos zombeteiros! Esse é o plot que junta três dos maiores clichês do cinema de terror EVER no trailer de Definition of Fear.
A produção britânica dirigida por James Simpson (Gritos do Além) traz no elenco a estrela de Bollywood, Jacqueline Fernandez, e terá sua première mundial no 4º Delhi International Film em dezembro.
Confira o trailer abaixo, assim como a sinopse e o pôster meio retrô:
Quatro belas garotas passam o final de semana em uma charmosa cabana na floresta. Mas as coisas não são como parecem: logo elas descobrem que talvez não estejam sozinhas
2003 / EUA / 97 min / Direção: Ronny Yu / Roteiro: Damian Shannon, Mark Swift / Produção: Sean S. Cunningham; Stokely Chaffin. Douglas Curtis, Robert Shaye, Renee Witt (Produção Executiva) / Elenco: Robert Englund, Ken Kirzinger, Monica Keena, Jason Ritter, Kelly Rowland, Chris Marquette, Brendan Fletcher, Katharine Isabelle, Lochlyn Munro
Sabe aquela coisa que você espera a tanto tempo, mas tanto tempo, você cria toda uma expectativa e aí quando finalmente o momento tão esperado acontece, é uma BOSTA? Pois é, isso resume o sentimento com relação a Freddy vs Jason.
É tipo aquela mina que você é a fim faz uma cara, sempre quis ficar com ela, e depois de anos e anos de bota, surge uma oportunidade, vocês marcam um date e no final é um desastre e transforma-se em uma verdadeira decepção. Quem nunca?
Pois é, eu fico imaginando COMO conseguiram cagar tanto em algo que é praticamente impossível de se fazer merda. Estamos falando dos dois MAIORES vilões do cinema de terror slasher dos anos 80 (quiçá do cinema de horror de um modo geral), queridinho dos fãs, finalmente se encontrando depois de vários anos de desejo coletivo e tentativas frustradas. Não tinha como dar errado, como não ser divertido, lendário, incrível. Mas foi…
Ronny Yu, a New Line Cinema e todos os envolvidos merecem ó, parabéns por simplesmente conseguiram jogar no lixo o crossover entre Freddy Krueger e Jason Voorhees nessa bomba. E olhe que não falta motivo para esculhambar o longa. Nem a volta de Robert Englund como o eterno Krueger salva! E olha que já foi uma puta cagada não escalar Kane Hodder para interpretar o assassino cafuçu com máscara de hóquei preferido de Crystal Lake. A opção foi do próprio diretor chinês que fez esse filme palalelo e enterrou sua carreira!
Cabeça num espeto!
Os primeiros minutos de Freddy vs Jason são sensacionais, diga-se de passagem. O revival ao passado de Freddy, assassino pedófilo antes de virar churrasquinho, cenas dos outros filmes clássicos da série A Hora do Pesadelo, e a ideia dele ludibriar Jason fazendo se passar por sua mãe, uma vez que ele perdera seus poderes já que ninguém mais se lembra ou sente medo do titio Freddy, usando-o para matar os novos filhos da Rua Elm, é das mais bacanas.
Aí o filme começa né, e veremos aquela direção afetada de Yu, situações vexatórias (tipo as minas que vão pra rave quando seus amigos estão sendo trucidados. o zé droguinha que vê no sonho uma criatura meio lagarta de CGI tosca, e por aí vai), as atuações abaixo da crítica de todos os envolvidos com seus vinte e tantos anos que se faz de adolescentes no highschool, a péssima postura corporal de Jason e claro, óbvio, tão certo quanto 2+2 são quatro que não resgatariam o Freddy de Craven e o fariam mais uma vez aquele palhaço caricato exagerado do restante da franquia, após passar pelo seu processo de didimocozação, como brilhantemente já comentaram aqui no blog.
E vem cá, até Englund está péssimo! É a sua pior encarnação como o assassino da luva de garras, pulôver vermelho e verde e chapéu de feltro. Até a maquiagem está uma porcaria, com aqueles olhos brilhantes e dentes pontiagudos. Será que a ideia era meter medo? Falharam miseravelmente até nisso. Mas de tudo isso, de todos os defeitos gritantes do longa, há o mais execrável de todos.
Eu sempre fui #JasonTeam. Sexta-Feira 13 era minha série de filmes de terror favorita, e eu quase tive uma sincope nervosa quando inventaram três absurdos extremamente ridículos para o filho de Pamela Voorhees nesse caça-níquel pavoroso, sem o menor respeito pela mitologia do personagem. Primeiro inventaram que o Jason sonha. Metem lá uma droga que faz o brucutu dormir e ele passa a sonhar com o Freddy então. Segundo que modificaram a origem da lenda, do mito, do indomável. No que originalmente ele se afoga indo nadar sem acompanhamento no lago enquanto os monitores davam umazinha, aqui inventaram uma molecada que fez bullying e o jogaram dentro da água.
Jasom esteve por aqui
Mas o pior, o pior ainda é ONDE INVENTARAM A FODA DE QUE O JASON TEM MEDO DA PORRA DE ÁGUA???? Aquela cena em que na primeira batalha entre os dois movie maniacs começa a cair água e ele fica todo CAGANDO DE MEDO, TREMENDO, CHORANDINHO, é a coisa mais PATÉTICA, BISONHA E IMBECIL que já vi nos meus 33 anos de vida. CARALHO, quantos e quantos filmes Jason sai de dentro da água para matar suas vítimas? Lembra da garota peladinha no bote em Sexta-Feira 13 – O Capítulo Final? Ou então o Sexta-Feira 13 – Parte 6 – Jason Vive onde ele ainda continua tretando com o Tommy no fundo do Lago Crystal, sem ficar paralisado de medo? E como ele sairia de lá quando a minazinha telecinética o traz de volta a vida em A Matança Continua, se o sujeito tem um cagaço incontrolável de água? Nem preciso falar de como ele chegou praticamente á nado em Manhattam em Jason Ataca Nova York, certo?
Mas como se não bastasse, os próprios imbecis e mentecaptos dos roteiristas Damian Shannon e Mark Swift, que pensaram nessa monstruosidade narrativa colocam bem lá no finalzinho da fita Jason SAIND DO MAR DE BOAS segurando a cabeça do Freddy. Superou a hidrofobia rapidão numa nice! Dá licença que vou ali dar um tiro na cabeça…
Isso fora todo o problema nos diálogos, trama, e tudo mais. E outra, apesar da ideia de juntar Freddy e Jason ser foda demais, o lance do VERSUS, colocar um para tretar com o outro, é uma verdadeira patifaria. Aquelas lutinhas coreografadas ridículas e o esquema batalha de videogame com um Freddy serelepe, meio ninja e cheio de poderes, e o Jason troncudo todo burrão é de provocar vergonha alheia. Parecia uma versão trash do Vega (qiue já uma mistura dos dois vilões, vai…) contra o Balrog (que é o mais tosco do SF).
Pois é minha gente, conseguiram destruir o meu sonho e de todo fã do horror que nasceu antes de 2003, em ver os dois maiorais de todos os tempos juntinhos, com sua navalha e facão tocando o terror e ultrapassando todas as contagens de cadáveres! O que nos entregaram, em detrimento de um filme infalível, da maior produção cinematográfica de terror de todos os tempos sem dúvida alguma, foi esse Freddy vs Jason que dá até vontade de chorar e úlcera nervosa de assistir. Mas a vida é assim, nem sempre temos as coisas do jeito que queremos…
Desenvolvedora procura engenheiro de software para uma nova roupagem no marco da história dos jogos eletrônicos. Quem se habilita?
Recentemente a empresa de vídeo games Blizzard Entertainment, postou em seu site oficial que estaria à procura de experiente engenheiro de software para… (prepare-se, pois eu sei que você irá ficar emocionado), nada mais do que a produção de remakes dos seus maiores clássicos, e entre eles o maravilhoso e incrível Diablo 2.
Eu sei que você deve estar tão emocionado quanto eu ao poder vislumbrar um dos melhores RPGs não só ocidental, mas de toda a história, ganhar uma nova roupagem.
Além de ter sido um marco na história dos jogos eletrônicos, Diablo 2 rendeu séries e séries de livros e uma continuação, que apesar de não ser tão incrível quanto o anterior, é sem dúvida muito boa. O game foi um dos maiores expoentes do design macabro, sujo e “satanista” (tirando o level das vacas) dos jogos. Sem dúvida é uma ótima notícia para os gamers e fãs de RPG.
Segue o link do classificado de empregos deles, para quem sabe, você não tem uma oportunidade de trabalhar nessa produção incrível.
Programação no cinema paulistano com filmes do mestre, dois longas inspirados em seu universo e mais dois curtas nacionais de terror premiados
Já tem programa para essa Sexta-Feira 13? Ou você fica em casa ligado no Space para assistir a estreia da minissérie Zé do Caixão, ou faz uma maratona dos filmes do Jason Voorhees, ou se é de São Paulo, cola no Caixa Belas Artes, que terá Noitão do Stephen King!
Na programação, serão exibidos na tela grande os filmes Louca Obsessão, Colheita Maldita, Conta Comigo, Fenda no Tempoe Cemitério Maldito, além de dois longas surpresa, mais dois filmes inspirados no universo de King e mais dois curtas de terror premiados, realizados por jovens cineastas brasileiros:
Pray narra, em uma perspectiva de sonho, a jornada mística e espiritual de diferentes personagens que tentam obter e utilizar conhecimentos ancestrais. Selecionado para os principais festivais do gênero na América Latina, o filme de Claudio Ellovitch venceu o Grande Prêmio no “Viewster Online Film Festival”, em 2014, deixando pra trás mais de 500 candidatos de 60 países.
Já Mortos Vivos, Vivos Mortos, de André de Castro, narra o dia em que mortos vivos voltam às suas casas para realizar velórios e sepultamentos de seus entes queridos. O filme ganhou forte visibilidade em maio deste ano ao ser exibido no “Short Film Corner”, durante o festival de Cannes. Os cinéfilos-coruja concorrerão a prêmios nos intervalos das sessões.
Os que sobreviverem ao final da maratona, na manhã de sábado, receberão um kit café da manhã, além de rolar sorteio de brindes pela Companhia das Letras.
Anote na agenda e veja abaixo o serviço completo:
Sala 1 – Villa Lobos
23h50 – ‘Louca obsessão’ (1990, 1h47min)
02h – ‘Colheita maldita’ (1984, 90min)
03h50 – Filme surpresa
*Término às 05h40
Sala 2 – Candido Portinari
00h30 – ‘Conta comigo’ (1986, 90min)
02h20 – ‘Louca obsessão’ (1990, 1h47min)
04h30 – Filme surpresa
*Término às 06h15
Sala 5 – Carmen Miranda
00h10 – ‘Cemitério maldito’ (1989, 1h43min)
02h10* – Curtas ‘Pray’, de Claudio Ellovitch (Brasil, 2014, 15min) + ‘Mortos vivos, vivos mortos’, de André de Castro (Brasil, 2015, 13min)
02h50: A fenda no tempo (1995, 180min)
*Término às 5h50
Caixa Belas Artes Endereço: Rua da Consolação, 2423 – Consolação – Tel: 11 2894 5781
Site: www.caixabelasartes.com.br Ingressos: Os ingressos custam R$ 38 e R$ 19 (meia, para estudantes, correntistas do banco Caixa Econômica Federal, melhor idade) e dão direito a três filmes, exibidos em sequência. Tem poltronas numeradas. Em todas as salas, cadeiras adequadas para obesos e espaço para cadeirantes. Ingressos à venda na bilheteria (cartões de débito: todos; não aceita cartão de crédito ou cheque) ou pelo site: www.ingresso.com.br.
Conte-me mais sobre esse noitão com meus filmes em plena sexta-feira 13!
Vilão estreia no season finale da sexta temporada da série que será dirigido por Greg Nicottero.
Finalmente, depois de muita especulação, foi anunciado o ator que viverá Negan na série The Walking Dead: Jeffrey Dean Morgan (também conhecido como a mistura do Javier Barden com o Robert Downey Jr.), que você deve conhecer como o Comediante de Watchmen e do filme A Possessão.
Segundo o The Hollywood Reporter, Morgan fará uma participação especial no season finale da sexta temporada, dirigido por Greg Nicotero, antes de entrar para o elenco fixo da série como antagonista da sétima temporada, que deverá chegar às telinhas em outubro de 2016. Ainda de acordo com o THR, Morgan bateu Timothy Olyphant (Justified), Matt Dillon (Wayward Pines) e Garrett Dillahunt (Deadwood) na escolha para o papel.
Fato é que os fãs de TWD esperam pelo aparecimento de Negan desde que Rick Grimes e seu grupo chegaram a Alexandria. Bom, terão que segurar o facho até 2016 para ver finalmente o famigerado vilão em cena.
The Littlest Deadite do artista Sean Hughes transforma o famigerado grimório de Evil Dead em um livro infantil
Enquanto Ash vs Evil Dead está chutando bundas, o artista Sean Hughes criou sua própria versão infantil do Livro dos Mortos, chamado The Littlest Deadite (“O Pequeno Deadite”, nome que é dado para as criaturas demoníacos possuídas da trilogia – e da série)
EU DEFINITIVAMENTE compraria para o meu filho essa visão fofinha para ressuscitar os demônios kandarianos, inspirado em Uma Noite Alucinantede Sam Raimi.
Aqui você confere a arte completa no website oficial do artista!
Encounters, do diretor dinamarquês Anders Johannes Bukh, é mais um found footage…
Disponibilizado o trailer e cartaz de Encounters, novo filme do diretor dinamarquês Anders Johannes Bukh (Modeljagten). O filme que apresenta uma premissa mais do que “original” possuí influência direta de A Bruxa de Blair e também será nos moldes mockcumentary e obviamente found footage para alegria dos fãs do subgênero.
Apesar de todos os clichês, o trailer parece abordar uma questão mais científica do que habitualmente estamos acostumados com esta temática. E sinceramente, o cartaz é bem bonito, apesar da frase batida: “As árvores tem um segredo”.
O longa, já lançado na Dinamarca, tem previsto seu lançamento mundial em formato digital em 2016.
2003 / 90 min / Direção: James Mangold / Roteiro: Michael Cooney / Produção: Cathy Konrad; Dixie J. Capp (Produtor Associado); Stuart M. Besser (Produtor Executivo) / Elenco: John Cusack, Ray Liotta, Amanda Peet, John Hawkes, Alfred Molina, Clea DuVall, Jake Busey, Rebecca De Mornay
Identidade é um PUTA thriller bacana e inteligente. Daqueles que te deixa intrigado, suspense bem construído, tem sua boa dose de violência, atores bem legais no elenco (John Cusack, Ray Liotta, Alfred Molina, nomes que valem o ingresso) e DOIS plot twists fodões no final.
Aliás, o grande pulo do gato de Identidade é essa coisa de uma reviravolta na trama em sua conclusão, que te pega de surpresa (pelo menos pegou a mim), com todo um nuance psicológico e mais ainda, o final do final, com outra reviravolta, revelando a “verdadeira identidade” do assassino. Ou pelo menos, qual sua “verdadeira personalidade”.
Fato é que não dá para explanar muito sobre a fita dirigida por James Mangold e escrita (muito bem, por sinal) por Michael Cooney (tipo daqueles roteiros originais que dão gosto, que não foram inspirados num livro e nem nada), sem entregar os spoilers que dão a graça em Identidade, para que ele não ficasse resumido apenas a um filme de suspense do Supercine.
Mas o lance é, Molina faz o papel de um psiquiatra, o Dr. Malick, que numa tarde noite de tempestade está revisando o caso de um assassino condenado a pena de morte, que será executado no dia seguinte, e encontra em um diário, uma brecha que pode anular a sentença para a realização de um novo julgamento como um criminoso insano, que sofre de uma desordem de múltipla personalidade, não tendo verdadeiro conhecimento de seus atos, e a culpa é uma dessas suas personalidade limítrofes que vivem em sua cabeça.
Garota sinal verde!
Paralelo a isso, na mesma noite chuvosa, 11 pessoas completamente díspares acabam procurando abrigo em um motel de beira de estrada, enquanto o único caminho está alagado, cada um por motivos diferentes, incluindo aí um agente do FBI, Rhodes, (Liotta) transportando um preso (Jake Busey) que está para ser transferido. É quando os assassinatos no motel começam, tendo como primeira vítima uma falida atriz, Caroline Suzanne (Rebecca De Mornay), cujo motorista da limusine era Ed (Cusack), ex-policial e “mocinho” da história.
Todas as acusações cairão sobre o condenado que fugira e Ed e Rhodes tentarão descobrir quem é o tal assassino. Mas as coisas não são nem um pouco como parecem, e as situações misteriosas e de suspense vão se acumulando, incluindo aí as bizarríssimas coincidências de todos os envolvidos possuírem nomes ou sobrenomes de estados americanos e, vejam só, fazerem aniversário no mesmo dia (a estatística diz que a chance disso acontecer seria de 1 em 115 setilhões!).
Então é o momento que o, digamos, plot twist começa a se desenrolar enquanto o novo julgamento às pressas de Malcom Rivers (Pruitt Taylor Vince), o maluco lá que sofre de personalidade múltipla (SACOU? SACOU?) está acontecendo. Bom, chocante descobrirmos qual a verdadeira realidade dos fatos naquele motel, e como explicar a contagem de cadáveres que está rolando na mesma noite. Mas ainda assim, bem no finalzinho, sobra espaço para mais outro plot twist daqueles de cair o queixo e ajudar a elevar ainda mais, e muito, o nível de Identidade.
Lembro que ao assistir o DVD alugado de Identidade pela primeira vez, passei logo a coloca-lo na minha lista dos thrillers favoritos, gerou uma discussão mó legal em seu término, recomendei a outras pessoas, e ao revê-lo depois de tanto tempo, mesmo que perca a força da descoberta final, como muitos dos filmes nesse naipe, ainda é um suspense inteligente, bem construído, com ótima direção e atuações, muito acima da média.
Jogo indie, estilo inspirado no found footage, totalmente atmosférico, promete algumas das cenas mais perturbadoras na história da indústria dos games!
Pense num trailer sinistro, assustador, estranho, atmosférico e bizarro, que lembra muito aquele vídeo creepy de O Chamado. É esse aí do game The Tape, que está sendo desenvolvido pelo russo Kazakov Oleg, criador de Putrefaction, um jogo de tiro de horror lançando no Steam em agosto.
O jogo indie de horror em primeira pessoa, tem um estilo inspirado no found footage, e prefere apostar na criação de uma atmosfera tétrica, ao invés do jump sacre. E segundo a descrição na página do Steam, o jogador será testemunha de algumas das cenas mais perturbadoras na história da indústria dos jogos eletrônicos. CARACA! ,
Na trama, um detetive de meia idade está em busca de uma jovem garota desaparecida no subúrbio dos EUA. Ele viaja até uma casa abandonada para checar algumas pistas que irão revelar coisas tão horríveis, que farão ele questionar sua própria sanidade. Lovecraft curitu isso!
Assista o trailer aí embaixo, confira uns screen shots e por favor, coloque o jogo na lista de desejos para ser avisado de seu lançamento!
Resenha do primeiro capítulo do mangá Uzumaki – Volume I e II
É indiscutível que o J-horror representa um forte cenário para os filmes de terror, principalmente para nós, brasileiros, que consumimos muito a produção artística japonesa. Isso pelo reflexo do “BOOM” dos animes na década de 90 (Dragon Ball Z, Cavaleiros do Zodíaco, entre outros – SDDS), impulsionados pelos canais abertos.
Pois bem, mas não é só no cinema ou anime que o Japão consegue exprimir toda sua estilística. E isso também ocorre quando se trata de terror. Há algum tempo circulou uma lista com mangás “bizarros” japoneses no Buzzfeed, e diante disso decidi conferi-la. Eis que encontro Uzumaki, que foi lançado em 1998 pelo mangaká, Junji Ito em três volumes, e mais tarde, adaptado para o cinema em um filme homônio.
Seguimos a história de Kirie Goshima, uma colegial, e seu namorado Suichi que observam as relações compulsórias e obsessivas dos habitantes pelas figuras de espirais, daí o título do mangá.
Primeiramente, os traços são extremamente sóbrios e bem-feitos. Uma dedicatória especial quando o mangá enfoca nas figuras espirais encontrados na natureza ou em moldes humanos. Este texto irá avaliar o primeiro volume do mangá. Mas antes disto, é interessante notarmos que muitas obras de cunho mais “bizarro” apresentam fiel público, na maioria dos casos, não por serem bons, mas apenas por serem, hã, bizarros. Afinal, quando você, leitor, ouviu alguém dizer que Saló era um filme bom ao invés de possuir coprofagia? Dito isto, julgar a obra pelo simples fato de ser estranha pode ser um tanto quanto presunçoso. Toda via, nós, meros ocidentais, encontraremos e encontramos dificuldade para analisar uma obra oriental a fundo, uma vez que nossas culturas, tradições, rituais, língua e práticas do dia-a-dia são diferentes.
O Volume Um é dividido em seis capítulos que se interligam rasamente, apresentando deste modo uma história diferente à outra. Resenharei cada capitulo separadamente, aqui em uma série de artigos para o 101 Horror Movies.
CAPÍTULO 1 E 2: A OBSESSÃO POR ESPIRAIS, PARTE I E II:
No primeiro e segundo capitulo da obra de Junji Ito, temos além das apresentações dos personagens, um enfoque na família de Suichi. Um fato recorrente no mangá é a presença de minitornados na cidade que obviamente remetem a espirais. O primeiro volume enfoca no pai de Suichi que inicia paulatinamente sua devoção bizarra as formas espiraladas.
Apesar de começar com a sua bizarrice mais comedida, é incrível como o mangaká consegue transpor a demência nos olhares do pai de Suichi em suas atitudes. Beirando o assustador! A insanidade se inicia com o pai de Suichi, o Sr Goshima, analisando as representações em espirais encontradas na natureza. E como todo bom maníaco colecionador, Goshima começa a acumular objetos feitos de espiral.
Conforme o mangá segue, mais e mais bizarrices ocorrem, vai por mim. Destaque para a linda página em que o Senhor Goshima revira os olhos em forma de espiral!
O segundo capítulo da história é conectado com o primeiro. Apresentando uma dicotomia entre o fato do senhor Goshima amar os espirais, enquanto sua esposa os odeia e os teme. O medo da senhora Goshima é tamanho, que raspa a cabeça para não ter espirais no cabelo e corta os polegares com uma tesoura por causa das digitais!
O segundo volume, para mim é inferior ao primeiro. Porém nele apresenta uma problemática que é o misterioso lago da cidade, que por algum motivo tem uma ligação com os espirais. É interessante notar que o senhor Goshima não refere-se aos espirais no plural, mas sim ao espiral, sendo assim, um título ou uma entidade. O segundo volume não tem muito o que discutir, sendo o mais fraco entre eles.
Infelizmente o mangá, lançado pela Conrad, está fora de catálogo. Mas é facilmente achado na internet e altamente recomendável.
2003 / Japão / 112 min / Direção: Takashi Miike / Roteiro: Minako Daira (baseado no livro de Yasushi Akimoto) / Produção: Yoichi Arishige, Fumio Inoue, Naoki Sato; Hiroshi Okawa (Coprodutor Executivo); Kazuo Kuroi (Produtor Executivo) / Elenco: Kô Shibasaki, Shin’ichi Tsutumi, Kazue Fukiishi, Anna Nagata, Atsushi Ida, Mariko Tsutui
Ligação Perdida é a empreitada do polêmico, excêntrico e multifuncional diretor Takashi Miike no J-Horror tradicional. Apesar do cineasta já ter trabalhado o gênero e usado de seus elementos em outros longas anteriores, como Audition, por exemplo, aqui ele flerta mais profundamente com o típico clichê do terror japonês de tema vingança sobrenatural e garotas fantasmas cabeludas.
Isso sem contar a contundente mensagem asiática contra os malefícios da tecnologia e a alienação da população jovem japonesa, nesse caso, com o celular, e olhe que estamos falando de um filme de mais de dez anos, em que a febre dos smartphones, redes sociais, mensageiros instantâneos e aplicativos na tela do computador ainda nem havia atingido o grau viciante de consumo de dados da população hoje em dia.
Fato é que a trama de Ligação Perdida, baseada no livro de Yasushi Akimoto, é das mais doideiras, que lembra algum episódio inspirado e bizarro de Além da Imaginação. Começa com a jovem Yoko (Anna Nagata) recebendo uma chamada perdida em seu celular, que vem de seu próprio número, do futuro, daqui a dois dias!!!! No recado deixado na caixa postal (hoje em dia ninguém nem ouviria, porque gente que deixa mensagem de voz merece os piores castigos da humanidade – isso quando não é apenas uma respiração que você escuta) ela ouve sua própria voz dando um grito de pavor.
MEDO!
Batata que chegando o horário e data da mensagem Yoko acaba morrendo em circunstâncias misteriosas, sendo jogada contra um trem em movimento e espatifada. Uma espécie de corrente passa a acontecer, com um grupo de amigos que estão em sua agenda telefônica recebendo outras dessas ligações sobrenaturais e falecendo alguns dias depois. Natsumi (Kazue Fukiishi) recebe ao invés de uma ligação perdida, uma foto com um daqueles famosos espectros de garotas cabeludas se aproximando, e como o caso das mortes já havia se popularizado, um produtor de TV resolve leva-la para um programa sensacionalista ao vivo (hey, estamos falando da televisão japonesa que tem aqueles jogos e gincanas malucas) para transmitir sua morte no dia e horário marcado, ou tentar ajuda-la, convidando um sacerdote que praticará um exorcismo em rede nacional.
Enquanto isso, a jovem Yumi (Ko Shibasaki) e o detetive Yamashita (Shin’ichi Tsutshumi) tentam desvendar o mistério por trás de todo aquele entrevero, pesquisando o último número ligado nos celulares dos falecidos (discado pós-morte, detalhe) e uma bala que é encontrada na garganta das vítimas (que não era soft, senão saberíamos a verdadeira causa mortis). A investigação levará a desaparecida Marie Mizunuma (Mariko Tsutsui), a possível figura fantasmagórica vingativa da vez, que quando em vida sofria de síndrome de Münchhausen por Procuração, machucando suas filhas para leva-las constantemente para o hospital, com o intuito de chamar atenção, até suas mortes.
Bom, gato escaldado que somos do J-Horror, que costuma sempre se apropriar de uma fórmula prosaica em quase todos seus filmes, claro que a investigação levará aos fatos consumados em que o “corpo” do desencarnado precisa ser encontrado e perdoado, mas sempre haverá (como de praxe) um plot twist lá no finalzinho, que irá subverter o senso comum que o espectador é levado a acreditar até aquele momento. Não que isso seja um demérito, mas já sabemos bem o que esperar do subgênero.
Exu japa!
Ligação Perdida bebe bastante na fonte da construção do horror japonês (mas dessa vez tendo uma entidade espectral muito mais ocidentalizada, repleta de maquiagem, do que o tradicional vestido surrado e cabelão escorrido no rosto), e claro, tratando-se de Miike, tem lá sua dose de violência e humor negro, além de velada crítica social, como por exemplo, o caso da exploração televisiva de uma tragédia iminente e os destemperos psicológicos e psicopatas da sociedade oriental e do tratamento abusivo maternal (ou fraternal, como você irá entender no final), mostrando o colapso familiar e das relações humanas, temas que o diretor carrega em boa parte da sua filmografia mais perturbada.
Mas há um grande problema de ritmo em Ligação Perdida, que vai construindo muito bem aquela atmosfera costumeira do J-Horror em seu desenrolar, mas acaba pecando em seu final por se estender demais (o longa tem duas horas de duração, e poderia ter deixado trinta minutinhos na lixeira da sala de edição fácil, fácil) se arrastando um pouco demais da conta na sua conclusão, e principalmente na desnecessária última cena final (mas que tem lá um dedo de Miike, vai), e a musiquinha anticlímax na subida dos créditos.
Porém Ligação Perdida é ainda um dos bons exemplos do J-Horror em seu período fértil (quando ainda não havia virado apenas uma cópia cíclica de todos seus próprios artifícios) e que deu origem a mais duas continuações e obviamente, foi vítima de uma refilmagem americana, Uma Chamada Perdida, de 2008 (quando o horror japonês e suas filmagens já haviam dado no saco), que eu sequer assisti.
2003 / EUA / 79 min / Direção: Chris Kentis / Roteiro: Chris Kentis / Produção: Laura Lau; Estelle Lau (Produtora Associada) / Elenco: Blanchard Ryan, Daniel Travis, Saul Stein, Michael Williamson, Cristina Zenato, John Charles
Mar Aberto é um filme que merece um verdadeiro estudo de caso. Impressionante como um filme centrado em apenas dois atores, que passaram mais de 120 horas dentro da água, em que praticamente o único cenário é o meio do oceano, feito com 130 mil dólares por um casal fã de mergulho, consegue ser tão tenso, desconcertante, assustador, claustrofóbico (apesar do ambiente completamente aberto), mexe com conflitos psicológicos e traz uma situação limite que na medida do possível, poderia acontecer com qualquer um, alimentando nossos medos mais primais.
Eu lembro do buzz que Mar Aberto gerou em sua estreia nos cinemas do Brasil, a caralhada de elogios da imprensa que a distribuidora (no caso, a Paris Filmes), fez questão de espalhar e até propaganda no Pânico na TV rolava (quem aí se lembra do Emílio Surita falando sobre o filme?)! Eu estava lá em uma sala de cinema no seu final de semana de estreia, com minha ex-namorada e um casal de amigos, e todos, saíram extremamente desconcertados da sessão. Essa ex-namorada de meu amigo literalmente estava passando mal devido ao elevado nível de estresse e da agonia crescente que o diretor Chris Kentis conseguiu imprimir em sua fita tão simples, mas ao mesmo tempo, tão visceral.
Como ele conseguiu atingir esse nível, chega a ser uma aula de fazer cinema de terror puro e simples. Traz um muito provável (e identificável) casal em conflito que vive os problemas do estresse da vida moderna, conjugal, com seus trabalhos lhe tirando suas únicas forças e só umas férias não planejadas (porque a planejada não poderia acontecer devido a conflitos de agenda) poderia tentar resolver parte do problema. Eles partem para o Caribe, completamente desconectados entre si, e até o constrangimento da cena de um sexo não consumado entre um casal de férias (afinal, transar nas férias é algo dos mais libertadores), nos expondo tanto sua intimidade quanto o esgotamento físico e da libido de ambos, serve para deixar o espectador afetado.
Férias idílicas
Durante um mergulho em um recife de corais, por conta de um erro de contagem (e boa dose de cabacice de ambos), os dois são deixados à deriva em mar aberto enquanto o barco parte sem dar sua falta. Daí para frente, o nível de tensão é de uma crescente absurda, realmente não recomendado para os de coração fraco. Kentis, utilizando uma câmera digital em um tom quase documental, invoca os ensinamentos do mestre Hitchcock, e até mesmo o que Spielberg fez em seu Tubarão durante a primeira metade, de que definitivamente, temos medo muito mais medo daquilo que não podemos ver, uma vez que o casal está boiando em uma área infestada de tubarões logo abaixo de seus pés de pato.
Dois momentos de diálogo explanam qualquer tipo de sentimento sobre Mar Aberto e aquele medo irracional: quando Susan (Blanchard Ryan) diz que fica aterrorizada com a sensação de não saber o que há embaixo dela, ou quando pergunta ao marido, Daniel (Daniel Travis) se é pior ver os tubarões ou não vê-los, e o rapaz diz que é vê-los é muito pior, afinal, são os peixes que estão ali no topo da cadeia alimentar. Mais uma vez o medo primal, coletivo, sendo invocado, fora a ameaça de outros animais marinhos, como moreias e águas-vivas.
Ajuda a completar a situação extrema, as brigas e discussões do casal, sempre tentando colocar a culpa um no outro e a completa perda de esperança de resgate. A protagonista ainda precisa escolher entre uma das duas opções aterradoras e repletas de desilusão para o público do outro lado da tela que espera um final feliz ou uma história de superação: a morte lenta à deriva, por conta da desidratação, fome e enjoo, ou rápida, devorados pelo cardume de tubarões. Qual seria a sua?
Cadê o spray do Bátima de espantar tubarões?
Resumindo em miúdos: Mar Aberto é um filme que te deixa numa bad, em vários sentidos da palavra. Dois pontos aumentam ainda essa sensação niilista. O primeiro é ser baseado em fatos reais, do casal americano Tom e Eileen Lonergan, que em 1998 mergulhou com um grupo na costa da Austrália, e acidentalmente foram deixados para trás por um erro de contagem da equipe do barco. Foram 26 outros mergulhadores e cinco membros da tripulação que não deram falta de ambos, e apenas dois dias depois, quando seus pertences e passaportes foram encontrados no barco, que percebeu-se o desaparecimento, dando início a uma extensa procura por água e ar, que durou três dias. O casal nunca foi encontrado.
O segundo é que nenhum CGI ou animatrônico foi usado no filme. Os dois atores foram DE FATO jogados no meio de um cardume de tubarões em mar aberto. O próprio diretor alimentava os tubarões com atum, uma vez que desde que estivessem de barriga cheia, não atacariam os atores. Além disso, eles usaram o “encantador de tubarões” Stuart Cove, famoso em Hollywood e em mergulhos com os peixes, para as filmagens (metade do orçamento foram gastos só com ele e sua equipe).
Os direitos de Mar Aberto, completamente independente e financiado por Kentis (que teria como crédito seguinte na direção apenas A Casa Silenciosa, remake do filme uruguaio) e sua esposa, a produtora Laura Lau, foram comprados pela Lions Gate após o sucesso de sua exibição em Sundance, por 2,5 milhões de dólares. Faturou mais de 54 milhões de bilheteria mundial. Ainda conseguiu gerar uma defenestrada sequência tosquíssima, coisa típica das produtoras hollywoodianas.
Produtora japonesa anuncia reboot da famosa série de filmes kaiju que teve início nos anos 50. Hell yeah!
A famosa série de filmes kaiju que iniciou na década de 50 com o filme Godzilla, receberá o seu reboot na terra do sol nascente. O primeiro filme da série foi um sucesso estrondoso, fazendo que os originais fossem lançados pelo resto do mundo por grandes estúdios que, claro, visavam ganhar uma verdinha em cima do sucesso do lagartinho porradeiro.
Além disso o Lagarto Rei também estrelou adaptações americanas, tendo a PAVOROSA versão de 98 dirigida por Roland Emmerich, tão tosca que os criadores originais acabaram rotulando como spin-off, e a versão de 2014, excelente por sinal, dirigida por Gareth Edwards.
O último filme de Godzilla totalmente produzido no Japão foi Godzilla: Final Wars, lançado em 2004. Ainda no ano passado, a produtora Toho anunciou que iria lançar um novo filme após o sucesso estrondoso da versão americana de 2014. Depois de deixar os fãs ansiosos, eis que em setembro deste ano, a produtora anunciou que o filme iria se chamar Shin Gojira.
No início deste mês, foi anunciado que o título americano do filme será Godzilla Resurgence, prometendo também criar o “Godzilla mais aterrorizante que os efeitos especiais de ponta do Japão podem proporcionar”, segundo eles próprios, mesclando o uso de CGI e efeitos especiais práticos, como feito na adaptação live-action do anime Attack on Titan. Além disso, os produtores exibiram um material promocional no American Film Market, visando as vendas para o mercado estrangeiro.
O filme será co-dirigido por Hideaki Anno e Shinji Higuchi (Neon Genesis Evangelion), produzido por Minami Ichikawa e Taichi Ueda, escrito por Hideaki Anno e estrelado por Hiroki Hasegawa (Attack on Titan), Satomi Ishihara (Attack on Titan) e Yutaka Takenouchi. Abaixo, você pode conferir a primeira e única arte promocional do filme lançada até então.
Já que é sexta-feira 13 e somos clichês MESMO, claro que vai rolar um TOPE NOVE com as mortes mais escabrosas praticadas por Jason Voorhees, o amistoso anfitrião de Crystal Lake AND o assassino slasher mais FODÃO de todos. Mamãe Pamela ficaria orgulhosa dessa lista feita em conjunto pelos colaboradores do 101!
09) Judy em Sexta-Feira 13 Parte 7: A Matança Continua
Com toda sua delicadeza ímpar, Jason arrasta a garota enfiada em seu saco de dormir e arrebenta com ela batendo contra uma árvore. UM GENTLEMAN!
Sacou?
08) Mark em Sexta-Feira 13 Parte 2
Jason manda o politicamente correto às favas e enfia seu facão no rosto do pobre monitor paraplégico de cadeira de rodas. Deixa os direitos humanos saber!
Acesso para deficientes
07) Allen Hawes em Sexta-Feira 13 Parte 6: Jason Vive
“Vamos lá, destruir o corpo do Jason de uma vez por todas”,Tommy Jarvis disse. Daí o brother foi lá ajudar, a bagaça deu errado, e ele teve seu coração arrancando num golpe à la Kano!
FATALITY!
06) Andy em Sexta-Feira 13 parte 3
Tava lá o garoto todo pimpão depois de se dar bem, andando de bananeira quando Jason aparece e VRÁ, divide o cara em DOIS com um violento golpe de facão para acabar com a zueira.
Pés pelas mãos!
05) Adrienne Hart em Jason X
Lá num futuro muito distante, Jason congela a cabeça da paquita no nitrogênio líquido e quebra seu rosto em dezenas de pedacinhos contra uma bancada. QUE FRIA!
♪ Let it goooo ♫
04) Xerife Michael Garris em Sexta-Feira 13 Parte 6: Jason Vive
Jason usufrui de seu diploma em quiropraxia e dobra o xerife Garris, pai da mocinha crush do seu nêmese, Tommy Jarvis, no meio!
Origami
03) Trey em Freddy vs. Jason
O cara tinha dado umazinha (ÓBVIO) e como resultado? Jason esfaqueia ele repetidas vezes e para completar o serviço, dobra o sujeito junto com a cama, com as técnicas aprendidas na morte anterior.
Alguma coisa tinha que prestar nesse filme
02) Axel – Sexta 13 Parte 4: O Capítulo Final
O legista escrotão tá lá vendo as garotas fazendo ginástica de maiô na TV, quando Jason ZÁZ, de surpresa serra sua jugular e depois gira seu pescoço para o grand finale.
Serra, serra, serrador…
01) Julius Gaw em Sexta 13 Parte 8: Jason Ataca Nova York
Medalha de ouro para a morte WTF de toda a franquia, quando o boxeador Julius treta com Jason em um telhado em Manhattan e tem sua cabeça ARRANCADA FORA POR UM SOCO!!!
2003 / EUA / 98 min / Direção: Marcus Nispel / Roteiro: Scott Kosar / Produção: Michael Bay, Mike Fleiss; Joe Dishner, Kim Henkel, Tobe Hooper (Coprodutores); Matthew Cohan, Pat Sandston (Produtores Associados); Jeffrey Allard, Ted Field, Andrew Form, Brad Fuller, Guy Stodel (Produtores Executivos) / Elenco: Jessica Biel, Jonathan Tucker, Erica Leershen, Mike Vogel, Eric Balfour, Andrew Bryaniarski, R. Lee Ermey
No último sábado, morreu Gunnar Hansen, o ator islandês que interpretou Leatherface em O Massacre da Serra Elétrica original, de Tobe Hooper, vítima de câncer no pâncreas, aos 68 anos. Mais uma perda trágica para o cinema de terror nesse 2015 zicado que já nos levou Wes Craven, Christopher Lee, Roddy Piper (Eles Vivem) e Robert Z’Dar (Maniac Cop – O Exterminador).
Calhou que o remake de O Massacre da Serre Elétrica fosse o post desta sexta-feira, e sinceramente, de coração, eu gosto dessa refilmagem, me julguem. Eu não sou tão xiita com relação a remakes como muitas pessoas, porque na verdade, uma nova versão, roupagem, ou o que seja de um filme clássico, não significa que substitua o original e que ele deixará de existir. Ambos estarão lá na eternidade cinematográfica para quem quiser ver, compará-los, apreciá-los, e tudo mais. Minha birra é com remakes ruins. O que de verdade não acho esse o caso.
Claro, ele tem seus defeitos, e diferenças gritantes com relação ao cânone que são motivos de torcer o nariz, mas ele funciona, tem uma boa direção do Marcus Nispel, certa dose de violência gráfica, apesar dos cortes para evitar um NC-17 (muito maior que o original, por exemplo, só lembrar que não se vê UMA GOTA de sangue derramando), homenageia as mortes do seminal longa de Tobe Hooper e consegue dar aquela atualizada para um novo público, uma nova geração. Mas o grande PROBLEMA é exatamente o Leatherface.
Here’s Johnny… oh, wait
O primeiro longa produzido pela Plantinum Dunes de Brad Fuller, Andrew Form e Michael Bay (!!!!), traz um brucutu, todo bolander no papel do vilão inspirado em Ed Gein, interpretado por Andrew Bryniarski, em detrimento do gordinho retardado vivido por Hansen. Mais ou menos a mesma ideia de girico do roqueiro metido a diretor, Rob Zombie, colocando o parrudo white trash do Tyler Mane para ser seu Michael Myers.
Além da completa descaracterização do personagem há grandes mudanças no roteiro que acabam fazendo falta no frigir dos ovos, como, por exemplo, o fato de nunca ser mencionado ou ficar implícito o fato da família ser canibal, a violação de túmulos (motivo da viagem de Sally e seu irmão deficiente físico – obviamente de fora de um filme politicamente correto pós-11 de setembro – ao glorioso estado do Texas) e a inexistência do caroneiro, vivido por Bill Moseley no original, substituído por uma das vítimas do Leatherface. Aliás, a família “serra elétrica” é completamente nova e diferente, com sete membros ao total, e sem o infame “vovô”, presente nos quatro filmes da série até então.
A fotografia estourada no calor do Texas e o decrépito design de produção do filme de 1974 também foram substituídos por um tom mais escuro, sépia, com uma atmosfera mais industrial, ocre, suja e enferrujada (Daniel C. Pearl foi o diretor de fotografia de ambas as produções). Isso sem contar aquele tom documental de cinema verité que também aqui se converte em uma narrativa mais convencional hollywoodiana.
Congelando de medo!
Aliás, continua-se taxado como uma história baseada em fatos reais (John Larroquete reprisou sua participação na narração inicial, que também remete aos efeitos sonoros e música do original) e há um foco na investigação policial dos bizarros e terríveis crimes cometidos pela família Hewitt (ah sim, Leatherface deliberadamente ganhou nome e sobrenome: Thomas Hewitt)
Sem dúvida a principal adição dessa nova versão de O Massacre foi o personagem de R. Lee Ermey, o Xerife Hoyt. Claro que todo papel de Ermey parece uma variação tonal do Sargento Hartman de Nascido Para Matar de Stanley Kubrick, mas sabemos que o cara sabe muito bem viver um psicopata, e caiu como uma luva como o líder dessa nova família esquisita e congênita de gente maluca que matam gente sob o sol escaldante do Grande Estado do Texas.
Mas apesar dos apesares, de Jessica Biel não ser uma Scream Queen como Marilyn Burns e Bryniarski viver um Leatherface selvagem e troncudo, muito menos assustador e verossímil que o “gordinho-psicopata-retardado-da casa ao lado” de Hansen, e não ser amoral, transgressor e perverso como o clássico de Hooper, como disse lá em cima, eu gosto dessa refilmagem. É bem violenta, brutal, suja, desconcertante, aflitiva, tem sua dose de adrenalina e perseguição, e serve ao seu propósito.
NOW DROP AND GIVE ME 25!
Agora valem parágrafos sobre o DRAMA que foi o lançamento de O Massacre da Serra Elétrica nos cinemas do Brasil pela Europa Filmes. Quem aí se lembra de quantas e quantas vezes o filme foi adiado, sendo lançado nas telonas SOMENTE EM FEVEREIRO DE 2005, depois que praticamente todo mundo já havia baixado e visto por meios ilícitos? Eu lembro que naquela época eu ainda tinha algumas restrições contra download de filmes. Se soubesse que chegaria aos cinemas ou as vídeo-locadoras, com certeza que esperaria, ainda mais porque naqueles tempos para baixar um filme no eMule ou no KaZaa (e entupir seu computador de vírus), encontrar a legenda, sincronizar e queimá-lo em DVD (eu sempre detestei ver filme no PC) era uma tarefa hercúlea.
Só que daí a Europa começou a patifaria de anunciar o filme e adiá-lo infinitas vezes. Eu lembro muito dos fóruns das comunidades de terror do Orkut (o saudoso Trash, Gore e Terror em Geral), ou mesmo no próprio Boca do Inferno na época, de pessoas que já haviam assistido ao filme e gostado, bons elogios, e toda a expectativa aumentava, mas daí vinha o descaso da distribuidora com os fãs. Lembro da galera xingando, organizando um “piquete internético” para todo mundo enviar e-mail perguntando quando ia estrear de verdade, rolar uma petição, etc.
Bom, o imbróglio foi tanto que não aguentava mais e baixei-o para finalmente conseguir assistir. Quando chegou aos cinemas, lógico que foi flopado, já que quase dois anos de atraso é muita coisa para aqueles que realmente queriam ver o longa. Tanto que a sua continuação, que na verdade foi um prequel, O Massacre da Serra Elétrica – O Início, foi direto para o home video. Só contando o causo…